Depois de uma longa ausência, cá estou eu, de volta ao blog. E venho trazer um clássico absoluto e impactante.
No começo da década de 60 Bob Dylan se consolidou como um grande cantor de folk music, um tipo de música de protesto cujos instrumentos se resumiam ao violão e à gaita. Composições longas e simples no violão serviam de plano de fundo para críticas à sociedade americana, abalada, entre outros fatores, pela guerra do Vietnã.
Foi então que Dylan simplesmente mudou. Em julho de 65, chocou a platéia do Newport Folk Festival quando subiu no palco com uma banda equipada com uma guitarra, um baixo, um órgão, um piano e até uma bateria. O público presente não acreditou na variedade de instrumentos e na altura do som, criando uma confusão enorme que fez com que o compositor saísse do palco após apenas três músicas.
Com isso Dylan se tornou o vilão da folk music. Criticado, vaiado e chamado de "vendido" pelos fãs mais antigos, o que aconteceu foi a explosão da popularidade do cantor através de outros públicos com o álbum que lançaria um mês depois: Highway 61 Revisited.
Highway 61 Revisited é um clássico do blues rock, não da folk music. Aqui os instrumentos são elétricos, as faixas mais trabalhadas e os músicos não se resumem a Bob Dylan. A banda é muito eficiente, com destaque para as guitarras carregadas de blues e para piano e órgão, que se sobresseaem durante todo o play.
As letras são outro ponto interessante. A folk music pregava uma noção de coletividade, onde as letras tratavam de assuntos globais e externos a um único indivíduo. Dylan chuta tudo logo de cara com Like A Rolling Stone, que não fala de um grande problema social, e sim dos problemas de uma pessoa qualquer. Em Highway 61 Revisited ouve-se um Bob Dylan mais introspectivo, deixando de lado assuntos que ele havia abordado em composições como Blowin' In The Wind, por exemplo.
Os destaques ficam para Desolation Row, que mantém uma estrutura próxima da folk music, para a bluezeira faixa-título, para o belo piano em Queen Jane Approximately e para duas das melhores músicas do compositor americano: Ballad of a Thin Man e Like a Rolling Stone.
Highway 61 Revisited é um marco na carreira de Bob Dylan, além do melhor das dezenas de discos do cantor. É considerado pela Rolling Stone o 4 º melhor álbum de todos os tempos, além de que Like a Rolling Stone é, segundo a mesma revista, a canção mais importante da história. Exageros à parte, é um play antológico de uma lenda viva da música mundial. Baixe!
No começo da década de 60 Bob Dylan se consolidou como um grande cantor de folk music, um tipo de música de protesto cujos instrumentos se resumiam ao violão e à gaita. Composições longas e simples no violão serviam de plano de fundo para críticas à sociedade americana, abalada, entre outros fatores, pela guerra do Vietnã.
Foi então que Dylan simplesmente mudou. Em julho de 65, chocou a platéia do Newport Folk Festival quando subiu no palco com uma banda equipada com uma guitarra, um baixo, um órgão, um piano e até uma bateria. O público presente não acreditou na variedade de instrumentos e na altura do som, criando uma confusão enorme que fez com que o compositor saísse do palco após apenas três músicas.
Com isso Dylan se tornou o vilão da folk music. Criticado, vaiado e chamado de "vendido" pelos fãs mais antigos, o que aconteceu foi a explosão da popularidade do cantor através de outros públicos com o álbum que lançaria um mês depois: Highway 61 Revisited.
Highway 61 Revisited é um clássico do blues rock, não da folk music. Aqui os instrumentos são elétricos, as faixas mais trabalhadas e os músicos não se resumem a Bob Dylan. A banda é muito eficiente, com destaque para as guitarras carregadas de blues e para piano e órgão, que se sobresseaem durante todo o play.
As letras são outro ponto interessante. A folk music pregava uma noção de coletividade, onde as letras tratavam de assuntos globais e externos a um único indivíduo. Dylan chuta tudo logo de cara com Like A Rolling Stone, que não fala de um grande problema social, e sim dos problemas de uma pessoa qualquer. Em Highway 61 Revisited ouve-se um Bob Dylan mais introspectivo, deixando de lado assuntos que ele havia abordado em composições como Blowin' In The Wind, por exemplo.
Os destaques ficam para Desolation Row, que mantém uma estrutura próxima da folk music, para a bluezeira faixa-título, para o belo piano em Queen Jane Approximately e para duas das melhores músicas do compositor americano: Ballad of a Thin Man e Like a Rolling Stone.
Highway 61 Revisited é um marco na carreira de Bob Dylan, além do melhor das dezenas de discos do cantor. É considerado pela Rolling Stone o 4 º melhor álbum de todos os tempos, além de que Like a Rolling Stone é, segundo a mesma revista, a canção mais importante da história. Exageros à parte, é um play antológico de uma lenda viva da música mundial. Baixe!
Bob Dylan – Guitarra, gaita, piano, vocais
Mike Bloomfield – Guitarra
Harvey Brooks – Baixo
Bobby Gregg – Bateria
Paul Griffin – Órgão, piano
Al Kooper – Órgão, piano
Sam Lay – Bateria
Charlie McCoy – Guitarra
Frank Owens – Piano
Russ Savakus – Baixo
01. Like a Rolling Stone
02. Tombstone Blues
03. It Takes a Lot to Laugh, It Takes a Train to Cry
04. From a Buick 6
05. Ballad of a Thin Man
06. Queen Jane Approximately
07. Highway 61 Revisited
08. Just Like Tom Thumb's Blues
O post é fantástico, mas... "plano de fundo"?
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