jeudi 9 avril 2009

Kiss - Alive! [1975]

Bem, antes de começar o post de hoje, vou dar uma de Marina Procházka e falar que o show de ontem foi simplesmente o melhor da história do mundo, e foi o dia mais perfeito da minha vida. fim.

Para comemorar os dois shows do Kiss aqui no Brasil, nos últimos dia 7 e 8 (Anhembi-SP e Apoteose-RJ), venho hoje com um dos mais revolucionários, históricos e, sem dúvidas, um dos melhores álbuns ao vivo da história não só da história do Rock 'N' Roll, mas sim, da música em um todo.
"Alive!" foi uma das maiores cartadas do Kiss para chegar ao sucesso, e um disco bem ousado também, já que em 1975 discos duplos ao vivo eram coisas de artistas que já estavam em fim de carreira, simplesmente pra conseguir aquele jabázinho extra. No caso do Kiss, foi o inverso: Os caras não eram tão famosos assim nessa época e precisavam impulsionar seu nome, para tomar o posto de "maior banda do mundo", que era tudo o que Gene Simmons e Paul Stanley queriam. E, quem já fui num show deles hoje em dia e tudo o mais, sabe de toda a teatralidade que rola no meio de tudo, pois, afinal de contas, um show do Kiss não é apenas um show, mas sim um ESPETÁCULO, que não se resume só à música, e sim à produção, de um modo geral. E em 1975, embora eles não tivessem os recursos que têm hoje em dia, um show deles já era no mínimo chocante, por causa de todas as luzes, explosões e performance dos integrantes, com Gene Simmons babando sangue e cuspindo fogo, a bateria de Peter Criss "levitando", a guitarra de Ace Frehley soltando fumaça (não do jeito que conhecemos hoje em dia, mas naquela época, já era uma coisa comum) e toda a performance de Paul Stanley, que é, sem dúvidas, o melhor frontman da história do Rock, com seus pulos, danças e, principalmente, seu carisma, enquanto agita o público e tudo o mais. Além, claro, das maquiagens e roupas, que elevavam os integrantes ao posto de "super-heróis", que embora isso tenha se perdido um pouco hoje em dia, naquela época era uma das principais características da banda.

"Alive!" definitivamente mostra como um show de Rock deve ser, embora os overdubs sejam completamente notáveis e sejam bastante criticados por alguns. Eddie Kramer (produtor que trabalhou com o Kiss por várias vezes), disse que a única gravação que não foi mexida, é a da guitarra de Ace Frehley, e que todo o resto foi completamente "overdubado", por alguns motivos óbvios, como quebra de cordas, dentre outras coisas. Há pouco tempo atrás, ele se contradisse, dizendo que a única gravação que não foi mexida, é a da bateria de Peter Criss. Mas isso faz parte do show, pois são raras as bandas que não mexem no áudio dos lançamentos ao vivo.

Sobre as vendas, o álbum é, definitivamente, o maior sucesso comercial do Kiss, elevou o nome da banda à um patamar que, com certeza, surpreendeu até Gene e Paul, fazendo com que o Kiss virasse a mania dos anos 70, mais ou menos como os Beatles se tornaram nos anos 60, passando, dalí pra frente, a ter os inúmeros produtos que conhecemos hoje em dia, além de levar rapidamente disco de ouro nos Estados Unidos e Canadá, além de dominar totalmente o topo das mais diversas paradas musicais por 110 semanas, que se tornou o recorde da banda. Além de tudo, "Alive!" é considerado como um dos "500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos", segundo a renomada revista Rolling Stone (que foi uma das principais "ajudas" na formação do Kiss, diga-se de passagem, pois foi por lá que eles acharam o baterista Peter Criss).

O setlist de "Alive!" é o melhor possível, englobando as melhors músicas dos 3 primeiros discos, que rapidamente se tornaram clássicos indispensáveis da banda, de um modo geral, pois todas as músicas (sim, TODAS MESMO) são de preferência geral dos fãs e vivem aparecendo nos setlists das mais variadas épocas da banda. Hoje em dia, por exemplo, para quem não sabe, o setlist da atual turnê "Alive! 35" é baseada neste disco, sendo cortadas somente "Firehouse" e "Rock Bottom", vá se saber porquê, pois são duas das melhores músicas do álbum.

A banda estava em sua melhor forma, tocando com muita raça e realmente querendo chocar por completo o público, principalmente pela parte de Gene Simmons, que assumia realmente o personagem de "The Demon" e fazia atuações completamente agressivas, fazendo várias caretas, pulando realmente que nem um demônio, e, sem muitas enrolações também, já que o seu número de cuspir sangue não era tão longo. Paul Stanley, como eu já falei, mostra o porquê de ser considerado por muitos como o maior frontman da história, agitando DEMAIS, com toda a sua presença de palco, além das já citadas presenças de Ace Frehley e Peter Criss.

Os destaques por sua vez, ficam pelas execuções emocionantes de "Deuce", seguida de "Strutter" (é impossível não se arrepiar com o riff de Deuce após o anúncio da banda), além de "She", com a tradicional jam após da música e o solo de Ace Frehley, além do final do disco, que é completamente emocionante, começando por "Black Diamond", onde Peter Criss é no mínimo "idolatrável", pois ele cantou DEMAIS, além de também ter tocado DEMAIS, além de "Rock Bottom", "Cold Gin", o hit-master "Rock And Roll All Nite" e "Let Me Go Rock 'N' Roll", que termina com Peter Criss gritando "KISS LOVES YOU!!! ROCK 'N' ROLL! GOOD NIGHT!" à toda força.

Enfim, gente... Um disco, no mínimo, FUNDAMENTAL, que merece a sua total atenção, se você não conhece, ou acabou de conhecer o Kiss.

CD1:
1. Deuce
2. Strutter
3. Got To Choose
4. Hotter Than Hell
5. Firehouse
6. Nothin' To Lose
7. C'mon And Love Me
8. Parasite
9. She

CD2:
1. Watchin' You
2. 100,000 Years + Peter Criss Solo
3. Black Diamond
4. Rock Bottom
5. Cold Gin
6. Rock And Roll All Nite
7. Let Me Go Rock 'N' Roll

Paul Stanley - Vocais, guitarra-base
Gene Simmons - Vocais, baixo
Ace Frehley - Guitarra-líder
Peter Criss - Vocais, bateria

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Resenha e post: Bruno Gonzalez
Link 128kbps: [Meanstreet]

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